quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Cultura do jiló (Solanum gilo)






O jiló (Solanum gilo) é uma planta anual, de origem desconhecida, pertencente à família das solanáceas (Solanaceae)



FLOR DO JILÓ

FRUTO DO JILÓ

Clima e época de plantio

O jiloeiro precisa de clima quente e úmido para crescer bem e produzir seus frutos. Não suportando baixas temperaturas, o jiló pode ser cultivado em estufas em regiões de clima frio, mas lembre-se que a produtividade é proporcional à temperatura ambiente. A temperatura ideal para o cultivo do jiló situa-se próxima de 30°C.Por ser uma planta de clima quente e muito exigente em temperatura a época de plantio mais indicada para o jiló encontra-se entre os meses de setembro a fevereiro, sendo que também é cultivado ao longo do ano.
MUDAS DE JILÓ 

Escolha e preparo do solo

O solo deve ser bem drenado, fértil, rico em matéria orgânica, com boa disponibilidade de nitrogênio. O pH ideal situa-se entre 5,6 e 6,6. Por ser uma cultura rústica, em relação às demais solanáceas, o jiló é menos exigente em nutrientes e mais tolerante à acidez, motivo pelo qual geralmente não se fazem aplicações de calagem para o seu cultivo.
O jiló apresenta melhor desenvolvimento em solos de textura areno-argilosa, embora apresente bons rendimentos e capacidade de adaptação a variados tipos de solo. Por ser uma cultura intolerante ao excesso de água exige solos bem drenados e cuidados na irrigação.O preparo do solo é caracterizado por uma aração e/ou gradagem de maneira que fique bem nivelado e fofo. Após o preparo do solo deve-se fazer o preparo das covas e as adubações orgânica e química, baseadas na análise de solo, sendo que ambos os procedimentos devem ser feitos com antecedência ao plantio das mudas.
Adubação orgânica e química


Na adubação orgânica pode ser usado esterco puro de galinha (2 litros de esterco por metro de sulco) além de outras fontes de matéria orgânica, A adubação química  recomenda como aplicação, no caso de ausência de uma análise de solo 360 g do adubo químico 04- 14-08, 2 g de bórax e 2g de sulfato de zinco. Porém as adubações devem ser realizadas mediante
interpretação da análise de solo.

  • Principais doenças

Requeima (Phytophthora infestans)



 O fungo penetra a planta através de aberturas naturais ou ferimentos penetra a planta colonizando os tecidos e provocando a murcha das plântulas (em sementeiras).  Sua disseminação ocorre principalmente pelo escoamento de água no solo, por mudas e solo (aderido a implementos agrícolas) contaminados. As condições favoráveis ao seu desenvolvimento estão relacionadas a fatores como: temperatura (entre 22-28 ºC), longos períodos de chuva e solos com má drenagem. Seu controle pode ser feito tomando-se algumas medidas preventivas tais como: não realizar plantios em períodos quentes e úmidos; plantar em solos com boa drenagem; uso de cultivares resistentes; não
fornecer água em excesso; e fazer rotação de culturas com gramíneas (por cerca de 3 anos).

Antracnose (Colletotrichum gloesporioides):


Ocasiona danos mais agravados nos frutos caracterizados por lesões pardas e deprimidas. As condições propícias ao seu desenvolvimento são principalmente temperatura e umidade elevadas. O controle pode ser feito utilizando-se cultivares resistentes (Tinguá).

3- Mancha de estenfílio (Stemphylium solani)
Galhas em raízes de jiloeiro causadas por  Meloidogyne spp
Sintoma de mancha-de-estenfílio em folha de jiloeiro adulto.
MUDA JILÓEIRO


 Ataca as plantas na fase de muda e quando estão adultas, ocasionando o surgimento de lesões pardas e pequenas. Seu controle pode ser feito com tratamento químico (uso de fungicidas cúpricos); realizando-se o plantio em área arejada; fazer rotação de culturas; destruir os restos culturais ao final de cada ciclo da cultura; e uso de sementes provenientes de frutos sadios.

4- Nematóides (Meloidogyne sp.):

Galhas em raízes de jiloeiro causadas por  Meloidogyne spp.


Amarelecimento e murcha e jiloeiro causadas pelo ataque do nematoide-das-galhas (Meloidogyne   spp.

A sintomática da doença caracteriza-se principalmente pelo aparecimento de áreas engrossadas e encaroçadas (galhas) nas raízes, além do amarelecimento das folhas mais velhas, podendo evoluir nos casos mais severos para murcha e até a morte da planta. O seu controle recomendam-se práticas como a não realização do plantio em áreas onde anteriormente houve incidência da doença; a rotação de culturas; e o plantio em solo esterilizado ou livre de nematóides.

5- Murcha bacteriana (Ralstoniasolanacearum)

Sintomas de murcha bacteriana em jiloeiro, causada por Ralstoniasolanacearum.

Ataca as plantas causando podridão das raízes e escurecimento dos vasos, podendo também aparecer em alguns casos sintomas típicos de murcha na parte aérea.
O controle da doença pode ser feito através do isolamento dos focos da doença; de medidas preventivas; rotação de culturas com gramíneas; cuidados na irrigação; e com a procedência da água.



  •  Principais pragas
1- Lagarta rosca:



Causa danos às raízes e à base do caule na região do coleto da planta, ou pouco abaixo da superfície do solo, atacando a planta após a germinação e no período de perfilhamento. O controle da lagarta-rosca pode ser realizado com a aplicação do inseticida no colo da planta e no solo, em volta da mesma

2- Mosca Branca:


Ocasiona danos diretos através da sucção da seiva da planta, além de injetar toxina nas folhas durante o ataque reduzindo a fotossíntese e provocando secreções açucaradas que favorecem o aparecimento de outras pragas como formigas, ou doenças, como os vírus e fungos. Os sintomas são percebidos principalmente nos frutos, que após o ataque apresentam-se sem coloração, totalmente brancos e fora do padrão comercial, além de apresentarem amadurecimento irregular, prejudicando sua qualidade comercial.



3 - Pulgões - Myzus persicae e Macrosiphum euphorbiae



O pulgão verde provoca danos diretos e indiretos na cultura. Os danos diretos são provocados devido ao succionamento contínuo de seiva, que prejudica o crescimento da planta atacada. Causa o encarquilhamento das folhas. Vivem agrupados em colônias, compostas por ninfas e adultos, alojadas na face inferior das folhas da planta.Ao se alimentarem, injetam toxinas nas plantas, induzindo o aparecimento de necroses, principalmente ao longo das nervuras. Além dos danos diretos, podem ser vetores de viroses.O controle químico deve ser feito com pulverizações com inseticidas registrados para as culturas e seletivo aos inimigos naturais da praga.

4- Tripes – Frankliniella schultzei e Thrips palmi





Thrips palmi Folhas esbranquiçadas, as vezes tornando-se prateadas. Cicatriz de alimentação pode ser vista ao longo das nervuras.As plantas se tornam amareladas até secarem.
Folhas e brotos atrofiados.Desenvolvimento retardado da planta.Frutos com cicatrizes e deformações.


Tripes – Frankliniella schultzei Tanto a fase jovem quanto a fase adulta do tripes atacam as folhas, alimentando-se da seiva das plantas, provocando o dobramento dos bordos para cima e a descoloração esbranquiçada. Quando o ataque ocorre nas inflorescências, a descoloração é avermelhada e pode resultar em esterilidade das espiguetas. O desenvolvimento da população da praga evolui conforme o crescimento das plantas, atingindo seu pico no florescimento. Os maiores danos são provocados pela transmissão do vírus vira-cabeça, que os tripes liberam ao sugarem a seiva da planta. Os sintomas na planta doente são facilmente identificáveis: folhas bronzeadas, caule com faixas escuras, frutos com manchas amareladas e curvamento dos ponteiros das plantas, sendo que esse último é a razão do nome da doença.Controle: Plantar na época de menor incidência da praga. Instalar o viveiro longe de áreas de culturas que possam ser atacadas pelo tripes. Manter o viveiro limpo, bem como a área de transplante. Arrancar e queimar as plantas com sintomas da doença. Realizar pulverizações com inseticidas específicos, registrados para as culturas. Tratar as sementes com inseticidas específicos e, após o transplantio, aplicar o mesmo inseticida em quantidades adequadas na cova.

Colheita e comercialização


 colheita seja iniciada com os frutos ainda imaturos  e as sementes tenras, visto que os frutos maduros não são adequados para consumo e, portanto não possuem interesse comercial.As colheitas iniciam-se aproximadamente 80-100 dias após a semeadura, podendo estender-se por mais de 100 dias, o que possibilita inclusive a realização de uma nova colheita na primavera seguinte, após o inverno (caso seja feita uma cobertura com nitrogênio e recomecem as irrigações). O processo da colheita é feito manualmente , podendo o mesmo estender-se a três meses ou mais, dependendo das condições fitossanitárias e do manejo ao qual está sendo submetida a cultura.

2 comentários:

  1. Evelyn, não se esqueça de citar as fontes de onde pesquisou o texto.

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